Vamos começar pensando que não existe nada de ruim em você ser você, com toda a sua história, toda as qualidades e todos os defeitos. O psicólogo escuta sem julgamento e busca sempre entender, ler nas entrelinhas e ligar tudo que foi dito para tecer uma história. Sabe esses filmes de vilões que estão na moda por aí? A gente não imagina que esses vilões tenham histórias quando assistimos somente os filmes dos heróis. Sempre existe o outro lado da história. E o psicólogo quer te ajudar a enxergar isso tudo.
Eu não trabalho com diagnósticos, então nunca irei bater o martelo te dando um laudo pra te colocar numa caixinha que as vezes mais te prende do que te liberta. Se você apresentar sinais de qualquer transtorno que seja, são com esses sinais que a gente vai lidar, sempre pensando em entender e resolver o sintoma, pois às vezes é o caminho que nos leva a trabalhar a causa – que não é o “transtorno” em si.
Agora, se seu sofrimento estiver muito grande e juntos avaliarmos que precisa de uma intervenção maior e conjunta com a psicoterapia, aí vemos a possibilidade de um acompanhamento psiquiátrico, com um auxílio medicamentoso para aliviar um pouco o sintoma enquanto conseguimos analisá-lo. Uma coisa não substitui a outra e há casos que um trabalho multiprofissional é essencial.
